sábado, fevereiro 26, 2005

the "S" word

perdi-me dentro de mim
porque eu era labirinto,
e hoje, quando me sinto,
é com saudades de mim

Mário de Sá-Carneiro

terça-feira, fevereiro 22, 2005

one night sound

who's in a bunker?
who's in a bunker?
women and children first
and the children first
and the children
i'll laugh until my head comes off
i'll swallow till i burst
until i burst
until i

who's in a bunker?
who's in a bunker?
i have seen too much
i haven't seen enough
you haven't seen it
i'll laugh until my head comes off
women and children first
and children first
and children

here i'm alllowed
everything all of the time
here i'm allowed
everything all of the time

ice age coming
ice age coming
let me hear both sides
let me hear both sides
let me hear both
ice age coming
ice age coming
throw it in the fire
throw it in the fire
throw it on the

we're not scaremongering
this is really happening
happening
we're not scaremongering
this is really happening
happening
mobiles squirking
mobiles chirping
take the money run
take the money run
take the money

here i'm allowed
everything all of the time
here i'm allowed
everything all of the time

here i'm allowed
everything all of the time
here i'm allowed
everything all of the time

the first of the children
the first of the children
the first of the children

Radiohead - Idioteque

é bom quando deixamos que certas notas musicais nos assaltem a mente.
uma espécie de devaneio involuntário mas consentido.
venham mais ;)

:)


legislativas 2005 Posted by Hello

há sorrisos que valem por mil palavras.
hoje o meu é este ;)

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

preguicitis agudis


garfield Posted by Hello

a letra que não é o A

(...)
compreendi o medo, muito perto do terror. conheci o sofrimento de repente, como se descobrisse um homem suspenso, imóvel, perdido e imóvel dentro de ser só o sofrimento e o mundo. poucos momentos no céu e tudo sem sentido. o medo e o sofrimento como um gesto desse mundo de sonhos esquecidos e de rostos inúteis. compreendi que no sofrimento existe um espelho com todo o tempo, um espelho que é concreto e invisível. tudo é concreto e invisível: dentro de mim e longe de mim. longe do toque dos meus dedos e longe do meu peito. compreendi que o fumo e o vento existem dentro do sofrimento. quem conhece o fumo e o vento conhece o respeito pelo terror. o medo existe dentro do terror, muito perto do terror, como os homens existem muito perto de perder tudo. o medo, muito perto do terror, é um silêncio de homens e de mulheres que existe no momento em que todos, homens e mulheres, percebem que existem muito perto de perder tudo. dor e sofrimento nos olhos. conheci o sofrimento de repente e foi muito cedo. o medo como um crepúsculo de nuvens. o medo incrível e impossível. o medo entre muros de medo. o medo é um segredo que só o silêncio de um rosto conhece. o medo entre muros de medo. mulheres e homens, todos sozinhos, suspensos e imóveis num segredo único: o medo muito perto do terror.
(...)

José Luís Peixoto, em "Uma Casa na Escuridão", escreveu o parágrafo acima transcrito sem nunca usar a letra A.

talvez não fosse má ideia fazer desaparecer uma letra do alfabeto.
talvez não ficasse assim tanto por dizer.
talvez nos entendêssemos melhor.
fica a sugestão ;)

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

*


gabriele rigon Posted by Hello

não sei deixar de estar comigo.

wishes...

um queque de chocolate daqueles da Casinha do Pão com chocolate derretido por cima.

uma taça de morangos cobertos de açúcar.

Um Bongo de tutti-frutti.

e esse algo que abriria num repente gesto a porta ao meu riso.
rir alto, com força e vontade. rir até gritarem pelo meu silêncio, e eu não conseguir trazê-lo.
rir até ter de apertar a barriga de tanto doer.
mas rir.

era isto o que me apetecia agora.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

funeral blues

stop all the clocks, cut off the telephone,
prevent the dog from barking with a juicy bone,
silence the pianos and with muffled drum
bring out the coffin, let the mourners come.

let aeroplanes circle moaning overhead
scribbling on the sky the message He Is Dead.
put crepe bows round the white necks of public doves,
let the traffic policemen wear black cotton gloves.

he was my north, my south, my east and west.
my working week and my sunday rest,
my noon, my midnight, my talk, my song;
i thought that love would last forever; I was wrong.

the stars are not wanted now: put out every one;
pack up the moon and dismantle the sun;
pour away the ocean and sweep up the wood;
for nothing now can ever come to any good.

from “Four Weddings and a Funeral”
by W. H. Auden

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

my world for today


fiona apple Posted by Hello

words are flowing out like endless rain into a paper cup,
they slither while they pass, they slip away across the universe
pools of sorrow, waves of joy are drifting through my open mind,
possessing and caressing me.
jai guru de va om

nothing's gonna change my world
nothing's gonna change my world.
nothing's gonna change my world
nothing's gonna change my world.

images of broken light which dance before me like a million eyes,
that call me on and on across the universe,
thoughts meander like a restless wind inside a letter box they
tumble blindly as they make their way
across the universe
jai guru de va om

nothing's gonna change my world
nothing's gonna change my world.
nothing's gonna change my world
nothing's gonna change my world.

sounds of laughter shades of earth are ringing
through my open ears inciting and inviting me
limitless undying love which shines around me like a
million suns, it calls me on and on aAcross the universe
jai guru de va om

nothing's gonna change my world
nothing's gonna change my world.
nothing's gonna change my world
nothing's gonna change my world.

jai guru de va, jai guru de va
jai guru de va, jai guru de va
jai guru de va, Jai guru de va,
jai guru de va

Fiona Apple - Across the universe
(Beatles cover!)

pronto, corrigido!
mas continuo a preferir a versão da Fiona... ;)

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

novos dias

tenho saudades.
de quando éramos crianças sem o ser.
não... éramos mesmo.
saudades de quando não tínhamos tanto cá dentro, dos dias, das horas, das rotinas que passavam sempre por cada uma de nós.
do que havia de bom. do que havia de mau.
porque não era tanta coisa, e estávamos lá para essa coisa que não era tanta.
não é que não estejamos agora... mas as rotinas fogem, e quando nos vemos não é o dia a seguir a ontem, é um dia novo em que a ânsia que há de recuperar tudo o que não dissémos toma conta dos nossos sorrisos.
sim, estamos diferentes.
não tem de ser mau.
vamos fazer disso uma coisa boa então :)
porque sinto muito a vossa falta.
porque apesar disso, vou estar sempre aqui. tal como tu e tu.
gosto de vocês como não consigo dizer.
o que é mesmo muito.

cuki e kiki*

pa ti e pa ti*

a eterna criança

- ...
R. - Marco pára com isso! pareces uma criança...
M. - mas Rafaela... eu sou uma criança!

tinhas razão na altura.
e por muito que agora digas o contrário, continuas a ter razão...
serás sempre a minha criança :)
adoro-te. a sério.

Ao meu irmão *

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